Saguis nos galhos
das árvores pulavam
Diversos
cânticos entoavam os passarinhos
Mamães sabiás
alimentavam filhotes nos ninhos
Numa fresca
manhã no bosquinho.
Livres,
famílias de macaquinhos
Alimentavam-se
despreocupadas
Com frutas oferecidas
a eles com carinho
Enquanto um
desabitado viveiro
Aguardava aves
para ali morarem em derradeiro cativeiro.
Com
finalidade aviltante
Haverá união
de alguns caminhantes
Que diversas
espécies de aves pretendem engaiolar
Só para depois
poderem apreciar.
Pensando no
futuro daquela gaiola vazia
Foi-se embora
minha alegria
Ao saber que os homens não olham para a natureza
Ao saber que os homens não olham para a natureza
Preferem
aprisioná-la e causar nos animais sofrimento e tristeza.
Encarcerado
está o próprio coração
Feito uma
cadeia com super lotação
Tomado pelo
materialismo
Totalmente
dominado pelo egoísmo.
Está em
cárcere privado
Refém de si
mesmo
Então quer
ver o pássaro engaiolado
Achando que
esse gesto será apreciado
E seu ego
massageado.
Pobre homem!
Por que não tenta
esvaziar a gaiola de seu coração?
É só tentar
imitar o espírito do pássaro
Cantar feliz
com alma leve e cheia de emoção.
Quando
adversidades encontrar
Não desanimar
e ter forças para lutar
Ir longe, ser
livre para voar
Mas saber à
sua origem retornar
Sem se perder
no caminho
E voltar
feliz ao ninho.
VOU TENTAR COLOCAR UMA PLACA NAQUELE
VIVEIRO COM OS SEGUINTES DIZERES:
DIGA NÃO
PARA ESTA TRISTE PRISÃO
NÃO INCENTIVE O COMÉRCIO DE AVES
APRECIE-AS NA NATUREZA, SEM MODERAÇÃO
E ABRA A GAIOLA DE SEU PRÓPRIO CORAÇÃO.
Rosana Montero Cappi
Escritora e frequentadora
do Bosque São José
Nenhum comentário:
Postar um comentário