Companhia Arte em Espetáculos

domingo, 10 de novembro de 2013

SUICÍDIO

 
 

Soube que alucinado  e ébrio 
Um  rapaz  atirou-se do alto de um prédio
Local onde acontecia uma festa
E dele agora só a lembrança  resta. 

Lí no jornal,  que no chão estirado
Foi encontrado um moço esfaqueado
Uma vida  aniquilada
Durante uma esfumaçada balada. 

Jovens e tragédias
Dramas  no lugar da comédia
Liberdade ilimitada
Muita vida disperdiçada. 

Pedras na calçada
Existem para serem retiradas
Além delas outras são colocadas
E vão ficando amontoadas. 

As contingências de uma existência
Não bastam durante toda a vivência
Muita gente nem liga para essa jornada
E acaba tropeçando na caminhada. 

Todo  vício é um poder que quase não se desmonta
Se cada vez mais vão  tomando conta
Causam um suicídio lento
Escravizam, levam à morte e ao sofrimento.    

Rosana Montero Cappi

 

Um comentário:

Rachel disse...

SENTIDO POEMA! VERDADEIRO EM SUAS PALAVRAS! VOCÊ É ABENÇOADA!